Meu filho adora chupeta. Isso é preocupante?

Meu filho adora chupeta. Isso é preocupante?

Muitas crianças se acalmam ao chupar a chupeta. Às vezes a chupeta também ajuda a criança a aliviar o estresse ou a se adaptar a situações novas e desafiadoras, como ir para a escola.
Há boas razões, porém, para abandonar o hábito. Se a criança tem tendência a infecções no ouvido, por exemplo, largar a chupeta pode ser uma boa ideia.

A chupeta também não ajuda crianças que parecem estar desenvolvendo problemas de fala.
O ato de sugar mantém a boca da criança em uma posição pouco natural, dificultando o desenvolvimento dos músculos da língua e dos lábios.
Mesmo que não dê para perceber nada de errado, seu filho está aprendendo a falar, e fazer isso com uma chupeta na boca pode atrapalhar o processo, alterando o modo como os sons são pronunciados e restringindo os movimentos da língua.

Há crianças que não se interessam por chupeta, outras a largam naturalmente e há, também, aquelas que não querem trocar a “pepeta” por nada no mundo. E são esses os casos que preocupam e deixam os pais cheios de dúvidas sobre como conduzir a situação para que a criança possa “aposentar sua companheira”.

Afinal, qual o momento de largar a chupeta e qual é a melhor maneira de introduzir o tema com as crianças?

Alguns especialistas defendem o uso da chupeta apenas até os seis primeiros meses de vida. Outros, aceitam o uso até os 2 anos. Depois disso, no entanto, a utilização é desencorajada.

Para psicólogos e educadores o adeus à chupeta é um processo, e os pais devem respeitar o tempo da criança. Uma das estratégias sugeridas é ir retirando devagar, aumentando o tempo de espera nesses intervalos sem a chupeta.

Outras dicas que as famílias podem experimentar no seu dia a dia:

  • Hora de dormir –  Que tal ler uma história junto até a criança dormir? Quando a criança pedir a chupeta, não dê imediatamente e mude o foco da atenção.
  • Mostrar crianças maiores sem chupeta –   Os pequenos gostam de ter referências, principalmente crianças mais velhas.  Eles desejam crescer, então, investir nessa ideia ajuda a motivar para o processo.
  • Conhecendo a criança – A criança tende a colocar a chupeta na boca quando está preocupada ou se sentindo insegura. Esteja atento ao que acalma seu filho: pode ser uma música, um colo, certa forma de conversar… Quanto mais conhecê-lo, maiores serão as chances de sucesso. Faça perguntas para descobrir o que está acontecendo e conforte-a de outro jeito, com beijos e abraços, por exemplo.
  • Dividindo expectativas – essa dica é para os pais. Conversar com outras famílias que estejam passando pelo mesmo processo ajuda muito a lidar com a ansiedade nesse período.
  • Diminuindo o hábito – Se a criança tem o hábito de dormir com a chupeta na boca, tire assim que pegar no sono, evitando a sucção durante a noite inteira. E nada de pendurá-la na roupa da criança durante o dia, pois isso só incentiva o uso desnecessário.
  • Sem terror ou punição – Nada de passar pimenta na chupeta, nem aterrorizar a criança dizendo que sua dentição ficará deformada. Convencer a criança pelo medo, ou por imagens assustadoras não é a melhor alternativa. O primeiro contato que a criança faz com o mundo é pela boca. É através da boca que a criança vai percebendo que chegou ao mundo. Percebe o seio da mãe, é alimentada e vai estabelecendo a percepção de que através da boca suas angústias, como a fome por exemplo é saciada. Especialmente para as crianças mais novas, ao introduzir algo com sabor desagradável pode estabelecer uma relação negativa com a chupeta, porém, é preciso avaliar os prós e contra dessa atitude. Isso pode trazer para a criança uma sensação desagradável com aquilo que vai comer, interferindo no processo de nutrição e alimentação.
  • Fazendo Acordos – Estabeleça que em determinados lugares a chupeta não deve ser usada.  Depois, combine de usar só à noite, tirando a chupeta durante o dia, ou vice-versa. Tudo isso contribui para ela ir se acostumando com a ideia de que deve se separar do objeto.
  • Enquanto isso… – Até que a chupeta seja totalmente abandonada, continue com os cuidados básicos: lave bem a chupeta uma vez por dia e também quando ela cair no chão.  Deixar a chupeta por alguns minutos numa solução com água e vinagre branco uma vez por dia ajuda a prevenir o aparecimento de fungos. Enxágue bem e deixe secar naturalmente. Ensine seu filho a nunca emprestar a chupeta a amiguinhos.
    Quando lavar a chupeta, verifique se o bico está firmemente colado à base (para que não haja risco de ele se soltar e seu filho engasgar) e troque assim que vir algum sinal de desgaste.
  • Converse com a escola:escola é a aliada certa no momento de largar a chupeta. A nova rotina, novas descobertas, brincadeiras e amigos podem funcionar como um catalisador do processo.

 

Na Sonho Encantado entendemos este processo como algo natural, que precisa ser encarado como uma etapa do crescimento. E por mais que em alguns casos o movimento de deixar a chupeta pareça lento, ele terá termo e a criança seguirá adiante, pronta para novos desafios.

 

Registro de fontes: Este texto é uma  compilação de matérias sobre o tema, extraídas dos seguintes sites: catraquinha.catracalivre.com.br,  revistacrescer.globo.com e  babycenter.com, com a supervisão da Psicóloga e da Coordenadora da Sonho Encantado.

 

 

 

 

 

Espelho das Emoções

Espelho das Emoções

A Festa do espelho é um projeto para o Maternal I, desenvolvido para trabalhar a identificação dos elementos que compõe o rosto, através do reflexo no espelho e verbalizando seu estado emocional ao chegar à sala de aula.

Uma atividade que explora a vivência da criança, trabalhando com a sua interioridade ao perceber , através da imagem, suas expressões emocionais.

 

 

Livro de Pano

Livro de Pano

O projeto Livro de Pano vai do Maternal  II ao 1º ano do Ensino Fundamental (3 a 7 anos), e o tema da história gira em torno da compreensão e vivência da criança sobre o tema anual trabalhado, de acordo com a Unesco.

Por meio da produção e publicação dos seus próprios livros, as crianças tornam-se mais autônomas, reconfigurando sua relação com a leitura e com a escrita. 

O desenvolvimento  começa em agosto, com a construção do croqui até chegar à tarde de autógrafos em novembro (as crianças autografam seus livros para os familiares). Um exemplar por criança. Quando a criança faz todos os livor do Mat II ao 1º ano, a família e ela mesma podem acompanhar a evolução da escrita, organização espacial, organização de ideias etc.

E muito importante: os livros produzidos são de pano, pois focamos no cuidado com o meio ambiente e na durabilidade do material.

 

Adaptação: momento delicado para os pais e para os bebês.

Adaptação: momento delicado para os pais e para os bebês.

Todo início de ano letivo recebemos novas crianças em nossa escola, principalmente os bem pequenos.
E sabemos que este é um momento delicado para os pais e para os bebês, por isso estamos atentos aos detalhes, para acolhê-los bem.

A adaptação é um momento de transição em que a criança vai se habituando à nova rotina do ambiente escolar.
Fazemos questão de que o espaço da Sonho Encantado seja seguro, confortável, alegre e preparado para instigar  a curiosidade de cada pequenino e pequenina.

São muitas novidades e isso merece sempre, da nossa equipe, um cuidado especial.  Cada criança tem um ritmo de adaptação que precisa ser preservado e buscamos, pelo afeto, a melhor forma de agir e integrá-la à nova rotina.

Toda a nossa equipe se envolve nesse processo, da professora às auxiliares, passando pelas meninas da limpeza.  E tudo o que foi registrado nas entrevistas preliminares para sua recepção na Sonho Encantado é levado em conta e fará parte do entendimento de cada criança sob o nosso cuidado. Estamos atentos aos seus medos, necessidades e preferências.

E, claro, damos atenção também aos papais e mamães que sofrem com este primeiro momento de “separação”. Por vezes, quando chega à escola, pode acontecer um chorinho da criança.  Mas com explicações claras, cercadas de carinho, essa passagem da família para escola  acaba se dando de maneira suave.

Se a criança é pequena, o acompanhamento dos pais é essencial no processo de adaptação.  Mas se a presença dos pais não é possível nesses casos, um adulto de referência deve estar disponível para permanecer na escola, enquanto for necessário, para a criança se sentir segura.

Nós, da Sonho Encantado, estamos de braços abertos para pais e filhos, prontos para tornar a adaptação um momento positivo  de crescimento.

 

Boneca ou carrinho? Brinquedo não tem gênero.

Boneca ou carrinho? Brinquedo não tem gênero.

Não é raro vermos crianças pequenas trocando de brinquedos e, então, podemos acabar flagrando um menino entretido com panelinhas coloridas e uma menina friccionando um carrinho.

Esta cena muitas vezes assusta os pais, que ainda têm arraigado o conceito de que há brinquedos para a menina e brinquedos para o menino.

Mas quem definiu isso? As crianças certamente é que não foram!

“Brinquedo de menino e brinquedo de menina” é uma ideia que reproduz antigos preconceitos. Uma ideia que tinha sua razão lá no passado, quando as mulheres eram criadas para serem donas de casa e mães de família. Mas, no século XXI, “brinquedo de menina” e “brinquedo de menino” não fazem sentido algum.

As mulheres de hoje dirigem automóveis, lutam, escalam montanhas,… ou seja, podem e fazem de tudo. O mesmo vale para os homens, que no mundo moderno também cozinham, cuidam da casa e dos filhos enquanto as mães trabalham.

Qual o problema de uma menina querer uma fantasia do Hulk?

Por que um menino não pode brincar de comidinha?

Brinquedos não têm gênero… São só brinquedos. São os pais que as ensinam que azul é cor de menino e rosa é de menina; boneca é para a menina e carrinho é para menino.

Brinquedos e brincadeiras estão ligados a um contexto cultural. É na ludicidade que a criança vivencia e absorve o mundo que a cerca. Ao brincar, a criança desperta a curiosidade do que está à sua volta. Quanto mais ela estiver livre para explorar, mais rica será essa experiência e, maior, a sua aprendizagem.

Quando os pais limitam os papéis dos filhos, por exemplo: isso não pode, não é coisa “de menina”, acabam limitando o processo de aprendizado da criança nas atividades lúdicas e, por consequência, estimulam preconceitos futuros, dos mais bobos – como “mulher não sabe dirigir”, aos mais sérios – do tipo “homem não pode chorar”.
Segundo especialistas, um menino brincar de casinha ou uma menina jogar bola, muitas vezes faz parte do desenvolvimento natural das crianças. Sem caracterizar e determinar identidade ou orientação sexual.
Meninos e meninas que desempenham diferentes papéis em brincadeiras – pais, filhos, super-heróis, bandidos, caminhoneiros, bombeiros, caixas de supermercado, etc – acabam desenvolvendo melhor suas habilidades emocionais e sua capacidade de criação.

Na Sonho Encantado, estimulamos o aprendizado através da ludicidade e da criatividade. Nosso painel no Espaço da Aula Viva, com ilustrações de diferentes comércios da cidade, foi criado exatamente para isso: para que todos, meninas e meninos, brinquem que estão tanto “consertando” o carro na oficina, como indo ao supermercado fazer compras.