Mãe, tô com piolho…

Mãe, tô com piolho…

Quando a criança começa com aquela coceirinha na cabeça…

Só de pensar em piolho e a cabeça já começa a coçar. Mas quem nunca passou por esse incômodo na infância ou conhece alguém próximo que pegou?

O Dr. Joel Bressa da Cunha, médico da saúde escolar que atende a Sonho Encantado, preparou um texto explicativo sobre este parasita e o seu tratamento.  A matéria destaca alguns mitos e verdades, como o fato de piolhos e lêndeas não terem relação com a falta de higiene dos cabelos.

Então, boa leitura, pois chegou a hora do pente fino!

 

TRATAMENTO DOS PIOLHOS E SUAS DIFICULDADES

A ocorrência de piolhos é bastante comum e seu tratamento é aparentemente fácil. No entanto, nos deparamos frequentemente com casos em que a presença dos parasitas continua a despeito da repetição de vários ciclos de tratamento. O texto aborda tais dificuldades e sugere estratégias para superá-las.

Piolhos são insetos que costumam parasitar o couro cabeludo das pessoas. Causam lesões locais, que podem infectar e resultar em graves consequências para a saúde.

A transmissão se dá por contato pessoal e por objetos. É importante ressaltar que o piolho não pula nem voa, ele se desloca por contiguidade, andando de um lugar a outro. Pode permanecer vivo em objetos e tecidos fora do couro cabeludo por até 48 horas. Ter piolho também não é sinal de falta de higiene. A transmissão de uma criança para outra é muito fácil, devido à proximidade delas durante suas interações. O piolho pode passar de uma pessoa para outra por meio de roupas, toalhas, chapéus, arcos de cabelo, pentes, escovas, fones de ouvido e roupas de cama.

Lêndeas são os ovos dos piolhos e são depositadas nos fios de cabelo, fixadas por um cimento natural. Eclodem em cerca de 7 ou 8 dias, liberando novos parasitas.

O tratamento visa à eliminação total de piolhos e lêndeas, não só do couro cabeludo das pessoas infestadas, mas também dos objetos que possam estar alojando os parasitas, como os já mencionados. Portanto, exige atenção a vários detalhes. Demanda tempo e paciência. O portal da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) oferece bastante informação sobre o tema.

Às vezes a presença de piolhos se prolonga muito, evidenciando falha em algum ponto do tratamento ou constantes reinfestações.

  • É importante identificar todas as pessoas com piolhos e tratá-las ao mesmo tempo, evitando que a pessoa recém-tratada volte a se infestar pelo contato com familiar ou colega com piolhos que não tenha feito tratamento.
  • O tratamento é feito com inseticidas especiais, aplicados localmente em forma de xampu, loção ou creme. Existe também medicamento por via oral, em geral usado nos casos resistentes ao tratamento tópico.
  • O tratamento deve ser prescrito por médico. A forma de usar, a dose e o tipo de inseticida, se não forem corretos podem provocar danos sérios. Especialmente em crianças com menos de dois anos.
  • Tais medicamentos visam a eliminar os piolhos do couro cabeludo. Sua eficácia contra os piolhos nem sempre é 100%. Mas é bem inferior contra as lêndeas.
  • Portanto, remoção mecânica dos piolhos restantes e das lêndeas é fundamental para o sucesso do tratamento.
    Usar pente fino molhado para remoção mecânica de piolhos e lêndeas. É necessário ter paciência e persistência. O cabelo deve ser penteado quatro vezes por dia, por pelo menos 10 a 14 dias, conforme recomendação da FIOCRUZ. O objetivo é remoção TOTAL de lêndeas e piolhos.
  • O Vinagre facilita a remoção com pente fino, mas não mata o piolho ou a lêndea. Sua função é dissolver a camada que dá fixação da lêndea ao fio de cabelo. Há duas formas de usar:
    Aquecer o vinagre até ficar morno, misturar com condicionador de cabelos, aplicar e abafar com uma touca plástica por 30 minutos. Passar o pente fino, que as lêndeas saem com mais facilidade.
    Misturar vinagre com água morna, meio a meio. Aplicar nos cabelos com touca plástica por 30 minutos. Passar o pente fino.
  • A roupa de cama deve ser trocada diariamente, lavada com água quente e passada a ferro. Recomenda-se ferver os pentes usados e lavar com álcool. Higienizar e inspecionar arcos de cabelo, fones de ouvido, chapéus.

Enquanto houver piolhos, a criança deve ficar afastada da escola. É importante avisar a direção/coordenação, para que sejam adotadas as medidas coletivas.

Ciranda de Livros – A imaginação entrou na roda!

Ciranda de Livros – A imaginação entrou na roda!

Era uma vez…

Assim começam as clássicas histórias infantis e também se inicia, na criança, a curiosidade sobre uma narrativa.
Mesmo quando a criança ainda não lê, livros e leituras despertam a imaginação e a criatividade que irão precisar durante toda a vida.

Estudos mostram que no Exame Nacional para o Ensino Médio, o ENEM, alunos que interpretam corretamente a leitura dos enunciados e dos textos da prova, conseguem um melhor desempenho geral.

A Sonho Encantado acredita que também é papel da escola apresentar, incentivar e promover a leitura em todas as fases da escolaridade, formando leitores,  ampliando a visão de mundo e ajudando no desenvolvimento da escrita.

Desta nossa crença nasceu a Ciranda de Livros, projeto que proporciona o contato com textos variados e de qualidade, aumentando a bagagem cultural e afetiva, satisfazendo a curiosidade e o gosto pela imersão no desconhecido.

A Ciranda de Livros inicia e termina sempre em abril, próximo ao Dia Nacional do Livro Infantil, comemorado no dia 18 desse mês, data do nascimento de Monteiro Lobato, que, aliás, dá nome ao nosso espaço cultural em sua homenagem.

A cada ano a escola adquire três livros por criança, alunos de Maternal I a 1º ano, ficando na estante de sua turma. Toda sexta feira a criança escolhe um título de sua estante para levar para casa e ler com a família.

Este ano a escola colocou na Ciranda aproximadamente 300 títulos, abarcando publicações para todas as faixas etárias que trabalhamos.

Quando passa um ano, em abril, cada criança escolhe três títulos para levar permanentemente para casa abrindo, assim, espaço para uma nova Ciranda.

Este movimento de promoção da leitura conta ainda com a participação dos pais, que partilham do interesse dos filhos pelas histórias escolhidas, lendo para eles e lendo com eles, uma atividade familiar que não tem preço.