Espelho das Emoções
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10 de abril de 2018Muitas crianças se acalmam ao chupar a chupeta. Às vezes a chupeta também ajuda a criança a aliviar o estresse ou a se adaptar a situações novas e desafiadoras, como ir para a escola.
Há boas razões, porém, para abandonar o hábito. Se a criança tem tendência a infecções no ouvido, por exemplo, largar a chupeta pode ser uma boa ideia.
A chupeta também não ajuda crianças que parecem estar desenvolvendo problemas de fala.
O ato de sugar mantém a boca da criança em uma posição pouco natural, dificultando o desenvolvimento dos músculos da língua e dos lábios.
Mesmo que não dê para perceber nada de errado, seu filho está aprendendo a falar, e fazer isso com uma chupeta na boca pode atrapalhar o processo, alterando o modo como os sons são pronunciados e restringindo os movimentos da língua.
Há crianças que não se interessam por chupeta, outras a largam naturalmente e há, também, aquelas que não querem trocar a “pepeta” por nada no mundo. E são esses os casos que preocupam e deixam os pais cheios de dúvidas sobre como conduzir a situação para que a criança possa “aposentar sua companheira”.
Afinal, qual o momento de largar a chupeta e qual é a melhor maneira de introduzir o tema com as crianças?
Alguns especialistas defendem o uso da chupeta apenas até os seis primeiros meses de vida. Outros, aceitam o uso até os 2 anos. Depois disso, no entanto, a utilização é desencorajada.
Para psicólogos e educadores o adeus à chupeta é um processo, e os pais devem respeitar o tempo da criança. Uma das estratégias sugeridas é ir retirando devagar, aumentando o tempo de espera nesses intervalos sem a chupeta.
Outras dicas que as famílias podem experimentar no seu dia a dia:
- Hora de dormir – Que tal ler uma história junto até a criança dormir? Quando a criança pedir a chupeta, não dê imediatamente e mude o foco da atenção.
- Mostrar crianças maiores sem chupeta – Os pequenos gostam de ter referências, principalmente crianças mais velhas. Eles desejam crescer, então, investir nessa ideia ajuda a motivar para o processo.
- Conhecendo a criança – A criança tende a colocar a chupeta na boca quando está preocupada ou se sentindo insegura. Esteja atento ao que acalma seu filho: pode ser uma música, um colo, certa forma de conversar… Quanto mais conhecê-lo, maiores serão as chances de sucesso. Faça perguntas para descobrir o que está acontecendo e conforte-a de outro jeito, com beijos e abraços, por exemplo.
- Dividindo expectativas – essa dica é para os pais. Conversar com outras famílias que estejam passando pelo mesmo processo ajuda muito a lidar com a ansiedade nesse período.
- Diminuindo o hábito – Se a criança tem o hábito de dormir com a chupeta na boca, tire assim que pegar no sono, evitando a sucção durante a noite inteira. E nada de pendurá-la na roupa da criança durante o dia, pois isso só incentiva o uso desnecessário.
- Sem terror ou punição – Nada de passar pimenta na chupeta, nem aterrorizar a criança dizendo que sua dentição ficará deformada. Convencer a criança pelo medo, ou por imagens assustadoras não é a melhor alternativa. O primeiro contato que a criança faz com o mundo é pela boca. É através da boca que a criança vai percebendo que chegou ao mundo. Percebe o seio da mãe, é alimentada e vai estabelecendo a percepção de que através da boca suas angústias, como a fome por exemplo é saciada. Especialmente para as crianças mais novas, ao introduzir algo com sabor desagradável pode estabelecer uma relação negativa com a chupeta, porém, é preciso avaliar os prós e contra dessa atitude. Isso pode trazer para a criança uma sensação desagradável com aquilo que vai comer, interferindo no processo de nutrição e alimentação.
- Fazendo Acordos – Estabeleça que em determinados lugares a chupeta não deve ser usada. Depois, combine de usar só à noite, tirando a chupeta durante o dia, ou vice-versa. Tudo isso contribui para ela ir se acostumando com a ideia de que deve se separar do objeto.
- Enquanto isso… – Até que a chupeta seja totalmente abandonada, continue com os cuidados básicos: lave bem a chupeta uma vez por dia e também quando ela cair no chão. Deixar a chupeta por alguns minutos numa solução com água e vinagre branco uma vez por dia ajuda a prevenir o aparecimento de fungos. Enxágue bem e deixe secar naturalmente. Ensine seu filho a nunca emprestar a chupeta a amiguinhos.
Quando lavar a chupeta, verifique se o bico está firmemente colado à base (para que não haja risco de ele se soltar e seu filho engasgar) e troque assim que vir algum sinal de desgaste. - Converse com a escola:a escola é a aliada certa no momento de largar a chupeta. A nova rotina, novas descobertas, brincadeiras e amigos podem funcionar como um catalisador do processo.
Na Sonho Encantado entendemos este processo como algo natural, que precisa ser encarado como uma etapa do crescimento. E por mais que em alguns casos o movimento de deixar a chupeta pareça lento, ele terá termo e a criança seguirá adiante, pronta para novos desafios.
Registro de fontes: Este texto é uma compilação de matérias sobre o tema, extraídas dos seguintes sites: catraquinha.catracalivre.com.br, revistacrescer.globo.com e babycenter.com, com a supervisão da Psicóloga e da Coordenadora da Sonho Encantado.