O uso do tablet como aliado da alfabetização infantil
8 de fevereiro de 2017Dicas para tornar a leitura mais divertida
2 de março de 2017As crianças são um público estratégico para a indústria cinematográfica. Por isso, a cada ano são lançados dezenas de filmes para entreter a criançada. Mas nem todos trazem um ensinamento. Pensando nisso, separamos uma lista com cinco filmes educativos para você ver com seus filhos. Eles trazem lições sobre respeito às diferenças, amizade, ecologia e a importância da leitura.
O menino e o mundo
Filme indicado ao Oscar em 2016, O menino e o mundo (2013), de Alê Abreu, é uma animação brasileira que traz uma experiência sensorial única ao abordar a perspectiva de uma criança sobre temas do mundo atual, como modelo de produção, migração e poluição.
A primeira cama de interpretação do filme é puramente estética. Som, cores e rabiscos. Uma linguagem perfeita para alegrar até os bebês. E não é só isso, a representatividade dos pequeninos – como sugere o título -, também se vê na ausência de diálogos, que quando aparecem são inteligíveis; e no traço de Abreu, que se assemelha ao de uma criança.
A animação de 80 minutos está disponível inteiramente no YouTube:
Wall-e
Mas se você quiser ensinar ao seu filho desde cedo sobre a importância de cuidar do meio ambiente, então recomendamos assistir Wall-e (2008). Ambientado no ano 2700, a animação de 97 minutos da Disney e Pixar conta a história de Wall-e: um robô que sozinho é responsável por empacotar e organizar o lixo da Terra, que após ser abandonada se transformou em um lixão.
Enquanto isso, os humanos alojados em uma estação espacial precisam dos robôs para executar funções básicas, o que os tornaram obesos, preguiçosos e alienados.
O filme é uma crítica ao rumo que toma nosso atual modelo de progresso, sobretudo ao consumo irresponsável dos recursos naturais e ao uso inadequado da tecnologia.
Como treinar seu dragão
A animação da Dream Works Studios conta a história de Soluço, o filho do líder de uma aldeia viking que faz uma aproximação amistosa com um dragão, espécie considerada até então como “inimiga natural” dos humanos.
No desenvolvimento da trama, Soluço consegue vencer os preconceitos enraizados naquela comunidade e mostra que é possível uma convivência não apenas pacífica, mas frutífera entre vikings e dragões.
A partir da história e influência de Soluço, os demais passam a treinar seus próprios dragões, pondo fim a uma rivalidade histórica.
Além da superação dos preconceitos, outro tema abordado é o da deficiência física. Banguela fica impossibilitado de voar após ter a cauda ferida. Mas o problema, longe de ser um empecilho, aproxima a cooperação entre Banguela e seu treinador, que desenvolve um suporte que lhe permite voar.
A naturalidade com que a deficiência é tratada, mostra que a maior barreira para o problema é a falta de cooperação, e não a deficiência em si.
Confira o trailer do filme:
As aventuras do avião vermelho
Outra produção nacional digna desta lista, é a animação “As aventuras do avião vermelho”, baseada no livro homônimo de Érico Veríssimo. O filme conta a história de Fernandinho, um menino de 8 anos agitado que encontra na leitura o lugar ideal para viajar em sua imaginação.
O longa como um todo é um incentivo à leitura. Além de estar baseado na obra literária de Veríssimo, a trama se desenvolve em torno do resgate do Capitão Tormenta, protagonista do livro que Fernandinho ganha do pai.
Com esta missão, Fernandinho e seus brinquedos viajam até o pacífico em um avião vermelho. E junto com o protagonista, que conhece pouco de geografia, aprendemos muito sobre os lugares por onde passam, com direito a uma escala na lua.
A animação completa está disponível no YouTube:
Moana
Ainda em cartaz no cinema, Moana é a mais nova atração da Disney que apostou na representação dos povos polinésios, do Pacífico, como os maori, samoanos, taitianos e tonganeses.
Além de apresentar características do comportamento, profissão, geografia e fenótipo, o filme ensina um pouco sobre a mitologia destas culturas. Pouco conhecidos pelos ocidentais, os deuses e semideuses polinésios são apresentados para o público desde a perspectiva dos nativos. Sem contar que o semideus Mauri é o coadjuvante principal da trama.
O filme também quebra estereótipos femininos. A protagonista Moana, que é filha do rei, recusa o título de princesa e sai em busca da sua vocação de navegante, tradicionalmente exercida por homens.