O mundo já é mobile. Hoje, tablets e smartphones são os principais meios de acesso à internet. E eles vão conosco para todos os lugares, inclusive para a escola. Por isso é fundamental que pais e educadores assumam seu papel como mediadores entre a criança e o universo tecnológico no qual ela está inserida.

Alguns pais têm receio de expor seus filhos às novas Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs). Normal, ainda mais tratando-se de um assunto crucial como a educação infantil. No entanto, não é a tecnologia em si, mas a forma com a usamos que irá definir se ela será benéfica ou não para nossos filhos.

Mas vamos com calma. Antes de falar dos benefícios, vale aclarar o que não deve ser feito. Segundo institutos renomados, como a Sociedade Canadense de Pediatria e a Academia Americana de Pediatria, não é recomendado que crianças com menos de 12 anos tenham um celular só para elas.

Ou seja, a trajetória de descoberta do mundo digital e suas possibilidades não pode ser solitária. Tem que ser acompanhada pelos pais e educadores, para que a criança possa extrair o lado positivo da tecnologia durante a infância.

Alfabetização

Muitas creches e escolas já adotaram o uso de tablets como recurso lúdico. Mas, de acordo com a pesquisa “Tablets na educação infantil”, da pesquisadora Ana Margarida Chiavaro, os aparelhos também podem ser grandes aliados da alfabetização.

“Os tablets em sala de aula favorece o processo de alfabetização, pois além de ampliar as possibilidades de contato com outros portadores de texto, o dispositivo móvel permite que o professor introduza mais um recurso de aprendizagem em sala de aula, inovador e com ludicidade. Dado este fator, aumenta o nível de motivação dos alunos e por consequência, a atenção das crianças nos conteúdos em questão”, explicou.

As conclusões da pesquisa são reforçadas pelo opinião do educador José Manuel Moran, que defende o uso das novas tecnologias na escola. “Com as tecnologias atuais, a escola pode transformar-se em um conjunto de espaços ricos de aprendizagens significativas, presenciais e digitais, que motivem os alunos a aprender ativamente, a pesquisar o tempo todo, a serem proativos, a saber tomar iniciativas e interagir”.

De acordo com a pesquisa de Chiavaro, o tablet possui ao menos quatro aspectos que contribuem na alfabetização das crianças: letrado, lúdico, motivador e inovador.

Para a investigadora, o conteúdo multimídia e interativo “amplia o contato do aluno com o ambiente letrado”, o que favorece o processo de “letramento” da criança. Além disso, o lado lúdico do dispositivo “traz ao aluno uma motivação e uma disposição maior para a realização das propostas”. Este processo de alfabetização é inovador, pois ocorre através de “novas formas de aprender e ensinar”, concluiu.
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